19.10.08

O espelho de Deleuze















O que forma a imagem do espelho de cristal é a operação mais fundamental do tempo: dado que o passado não se constitui depois do presente que ele foi, mas simultaneamente, o tempo deve dividir-se, a cada momento, em dois, presente e passado, que diferem um do outro em natureza, ou, o que nos leva ao mesmo ponto, o presente deve dividir-se em duas direções heterogêneas, uma que se abre em direção ao futuro e outra que se perde dentro do passado.

A referência é: DELEUZE, Gilles. Cinema 2: the time image. Londres: Continuun Press, 1989.

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