11.10.08

La bottiglia


Concurso Handled to Care

O material desse concurso de design era a cerâmica. Selecionei alguns que podem nos inspirar. Podem ser estranhos ou curiosos...

futurefactories (lionel theodore dean), uk
http://www.futurefactories.com/

manolo bossi, italy
http://www.manolobossi.it/

farrah sit, usa
http://www.farrahsit.com/

Fofocando

Funes in the bottle

La bouteille

Mostra SESC de Artes

Branca de Neve
João César Monteiro
Portugal
Cinema Um filme sem imagens. Com a tela escura o tempo todo, ouvem-se apenas as vozes dos atores interpretando o poema do escritor suíço Robert Walser, uma versão moderna de 'Branca de Neve'. A história começa exatamente onde termina o relato dos irmãos Grimm. O diretor declarou que as crianças conhecem os contos de fada na forma oral e não visual, daí a opção por não encenar a trama. De 2000, 75 min. CineSESCDias 9 e 11, quinta, 21h, e sábado, 19h. Preços: quinta: R$10; R$5; R$2,50, sábado: R$12; R$6; R$3.


Play-Me, I’m Yours [Toque-Me, Sou Teu]
Luke Jerram
Inglaterra
InformaçõesImagensObraSite do artista
Em março de 2008, quinze pianos foram entregues para as ruas de Birmingham, no Reino Unido. Os instrumentos estavam livres para qualquer pessoa apreciá-lo e usá-lo. Apenas um sofreu vandalismo. Os demais mexeram com a comunidade local, que passou a personalizar os ‘hóspedes’ da cidade.


O site www.streetpianos.com foi criado para o público para postar seus comentários sobre sua experiência, formando uma grande comunidade web. Agora chegou a vez de São Paulo. Depois da Mostra SESC, os pianos serão doados para escolas e grupos comunitários da cidade. Em janeiro de 2009 Play-Me, I’m Yours estará na Austrália. Para que o projeto seja instalado em países mais pobre, Jerram criou um fundo especial que patrocina as viagens.
Luke Jerram é inventor, pesquisador e cientista amador. Enfim, um homem interessado em explorar o mundo. Ele questiona conhecimentos, idéias e quer partilhar o seu entusiasmo e o seu espanto sobre o mundo que nos rodeia.
Play-Me, I’m Yours [Toque-Me, Sou Teu]
Artemídia / Música / Intervenção

Pianos distribuídos em diversas regiões da cidade interferem no cotidiano visual e sonoro do espaço público. Livres para a apropriação e gestão da população, os pianos são vinculados através um site da internet que permite ao público postar registros das intervenções nos instrumentos. Lívio Tragtenberg e artistas convidados realizarão performances nos pianos ao longo da Mostra SESC de Artes 2008. Livre.

Confira o local exato dos pianos no site www.pianosderua.com.br. Atenção: os pianos estarão instalados nas redondezas das unidades abaixo:
SESC Vila MarianaDe 8 a 18. Segunda a domingo, durante todo o dia
Rua Pelotas, 141Tel.: 5080-3000email@vilamariana.sescsp.org.br
SESC ConsolaçãoDe 8 a 18. Segunda a domingo, durante todo o dia
Rua Dr. Vila Nova, 245Tel.: 3234-3000email@consolacao.sescsp.org.br
SESC PinheirosDe 8 a 18. Segunda a domingo, durante todo o dia
Rua Paes Leme, 195Tel.: 3095-9400email@pinheiros.sescsp.org.br
SESC CarmoDe 8 a 18. Segunda a domingo, durante todo o dia
Rua Carmo, 147Tel.: 3111-7000email@carmo.sescsp.org.br
SESC SantanaDe 8 a 18. Segunda a domingo, durante todo o dia
Avenida Luiz Dumont Villares, 579Tel.: 2971-8700email@santana.sescsp.org.br
SESC Santo AmaroDe 8 a 18. Segunda a domingo, durante todo o dia



Signs of Memory [Sinais da Memória]
Takafumi Hara
Japão
InformaçõesImagensSite do artista
A troca de informações entre artista e habitantes de locais em que Signs of Memory passa transforma-se em diálogo entre habitante e espectador, entre o privado e o público. Desde 2004, Takafumi Hara já apresentou o projeto no Japão, Alemanha e Singapura. Ele nasceu em Tóquio, em 1968, e hoje vive e trabalha entre o Japão e Berlim (Alemanha). Em 1998, se formou em pintura na Tama Art College. Em 2000 foi estudar na Weissensee Art College (Berlim). Apoio: Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, Yoichiro Kurata e Yumie Wada (Wada Fine Arts, Tóquio).



Signs of Memory [Sinais da Memória]
Artes Visuais

O projeto Signs of Memory surgiu em 2000 e já foi realizado em aldeias, bairros e ruas de cidades de alguns países, com a colaboração de pessoas sem qualquer experiência artística. O contato com a população local está sempre no centro desse projeto, na medida em que as memórias ouvidas formam a base do trabalho artístico. Desenhos e textos ilustram painéis coloridos que são expostos nas janelas do lugar. Curadoria Tereza de Arruda. Livre. Grátis.
SESC PinheirosDe 8 a 19, terça a sexta, 10h às 21h30. Sábado e domingo, 10h às 18h30

Símbolo


I pensionati della memoria, 1914

Os aposentados da memória, de 1914, é uma novela de Luigi Pirandello que conta a história de um homem que é assombrado pelas lembranças daqueles que já morreram. Abaixo, um trecho:
[...]
Quanto a mim, todos os mortos que acompanho ao campo-santo retornam atrás de mim.
Fingem que estão mortos dentro do caixão. Ou talvez de fato estejam mortos para si. Não para mim, acreditem! Enquanto tudo termina para vocês, para mim nada terminou. Todos retornam comigo, para minha casa. A casa está cheia. Acreditam que estão mortos. Mortos nada! Todos vivos. Vivos como eu, como vocês, mais do que antes.
No entanto - isto sim - estão desiludidos.
Porque, pensem bem: que parte deles pode estar morta? Aquela realidade que eles deram - nem sempre igual - a si mesmos, à vida. Oh, uma realidade muito relativa, acreditem. Não era a de vocês, não era a minha. Com efeito, eu e vocês vemos, pensamos e sentimos, cada qual a seu modo, a nós mesmos e à vida. O que significa que atribuímos, cada qual a seu modo, uma realidade a nós mesmos e à vida; nós a projetamos para fora e acreditamos que, assim como é nossa, também é de todos; e alegremente vivemos em meio a ela e caminhamos seguros, com a bengala na mão e o charuto na boca.
Ah, meus senhores, não confiem demais! Basta apenas um sopro para levar embora essa realidade! Não vêem que ela muda dentro de vocês continuamente? Muda assim que se começa a ver, a ouvir e a pensar um tantinho diferentemente de antes; de modo que, o que antes lhes parecia ser a realidade, agora percebem que era uma ilusão. Mas será que há outra realidade fora dessa ilusão? Mas o que é a morte senão a desilusão total?
Mas aí esta: se há tantos pobres desiludidos entre os mortos, devido à ilusão que formaram a respeito de si e da vida, por esta ilusão que deles ainda conservo lhes pode advir o consolo de viverem para sempre, enquanto eu viver. E eles aproveitam! Garanto que aproveitam.
[...]
Impossível não se lembrar de Shakespeare e de Deleuze ao ler o penúltimo e o último parágrafos, respectivamente. A tradução do texto é de Maurício Santana Dias e se encontra num volume daquela coleção de contos e novelas que a CiadasLetras tem publicado nos últimos anos.