De Eric Hobsbawm, em Era dos extermos, o breve século XX, 1914-1991:
A destruição do passado - ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas - é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qulaquer relação orgânica com o passado da época em que vivem.
Não creio que esteja fazendo isso neste domingo de sol...
ResponderExcluirQueria tá na roça hoje! :P
"Schopenhauer, o apaixonado e lúcido Schopenhauer, contribui com uma razão: a pura atualidade corporal em que vivem os animais, seu desconhecimento da morte e das lembranças. Logo, acrescenta, não sem um sorrizo: 'Quem me ouvir afirmar que o gato cinzento a brincar no pátio agora é o mesmo que brincava e fazia travessuras há quinhentos anos pensará de mim o que quiser, mas loucura mais estranha é imaginar que fundamentalmente seja outro' "
BORGES, Jorge L.. A História da Eternidade. trad Carmen Cirne Lima. SP: Globo, 2001
http://www.youtube.com/watch?v=D57NTsAfhCY
ResponderExcluirSchopenhaeur era mesmo muito diferente de Funes: enquanto o primeiro acreditava que o gato cinzento no pátio era o mesmo de quinhentos anos atrás, o segundo pensava que o cachorro de perfil não podia ser o mesmo que ainda há pouco o tinha encarado.
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