9.11.08

_Funes, o [des]memorioso ou _Tempos imemoriais

De Eric Hobsbawm, em Era dos extermos, o breve século XX, 1914-1991:
A destruição do passado - ou melhor, dos mecanismos sociais que vinculam nossa experiência pessoal à das gerações passadas - é um dos fenômenos mais característicos e lúgubres do final do século XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qulaquer relação orgânica com o passado da época em que vivem.

3 comentários:

  1. Não creio que esteja fazendo isso neste domingo de sol...
    Queria tá na roça hoje! :P
    "Schopenhauer, o apaixonado e lúcido Schopenhauer, contribui com uma razão: a pura atualidade corporal em que vivem os animais, seu desconhecimento da morte e das lembranças. Logo, acrescenta, não sem um sorrizo: 'Quem me ouvir afirmar que o gato cinzento a brincar no pátio agora é o mesmo que brincava e fazia travessuras há quinhentos anos pensará de mim o que quiser, mas loucura mais estranha é imaginar que fundamentalmente seja outro' "
    BORGES, Jorge L.. A História da Eternidade. trad Carmen Cirne Lima. SP: Globo, 2001

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  2. http://www.youtube.com/watch?v=D57NTsAfhCY

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  3. Schopenhaeur era mesmo muito diferente de Funes: enquanto o primeiro acreditava que o gato cinzento no pátio era o mesmo de quinhentos anos atrás, o segundo pensava que o cachorro de perfil não podia ser o mesmo que ainda há pouco o tinha encarado.

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