Esse poema de Alexander Pope foi publicado no início do século XVIII e reproduz uma das cartas de Eloisa para Abelardo. Do trecho que citei mais abaixo, com o título Eduardo e Mônica, uma tradução. Desculpem a falta das rimas, e atentem para o trecho the world forgetting, que, em inglês, tanto pode significar esquecendo o mundo, como se escreveu, como o mundo esquecendo, como se poderia ter escrito.
Quão alegre é o imaculado destino da Vestal!
Esquecendo o mundo pelo mundo esquecido.
Eterno brilho da mente sem lembrança!
Toda prece se ouve, e todo desejo se abranda...
Eloisa e Abelardo são, assim como Sansão e Dalila, Ulisses e Penélope, Dante e Beatriz e Romeu e Julieta, um casal famoso da literatura mundial. Os dois viveram na França, na primeira metade do século XII, e mantiveram um romance proibido, primeiro porque Abelardo era cerca de trinta anos mais velho que Eloisa e, segundo, porque ele era padre. Grávida, Eloisa não pôde mais esconder as relações que mantinha com o pároco, o que o condenou, a ele, à perda da batina, à castração e à reclusão num mosteiro, e, a ela, à vergonha, ao silêncio e à impossibilidade de unir-se novamente ao homem amado. Os corpos de Eloisa e Abelardo foram enterrados juntos, em Paris, no cemitério de Père-Lachaise.
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