31.10.08
29.10.08
Do tempo
Contemporâneo? Pós-Moderno? Que raios é essa condição nossa...?
Finalmente. O que se está tentando configurar aqui, é uma espécie de "investigação", algo em curso, sugerido como uma abertura a outras posições, enunciadas nesta enunciação claudicante. Rigorosamente falando, aqui não se determina um conhecimento; ao contrário, decepciona-se exigência de conhecimento. Aqui comparecem restos de um esforço de conhecimento. Mas estes restos são motivados e mobilizados por necessidades e paixões; por isso surgem como acontecimento. Avançamos por tentativas, empurrados por um encadeamento aberto, em que o já pensado volta como impensado, sob o estímulo de alguma singularidade que se manifesta fortuitamente. Pois os pensamentos, diz Lyotard, são nuvens."
FAVARETTO, C. F. . 'Entre o Moderno e o Contemporâneo.' Tempo & Memória, São Paulo, v. 4, p. 49-66, 2005.
Palestra pra lá de afetuosa, no sentido deleuzeano...
A quem interessar, vale ler o texto completo, disponível em:
http://cursos.unisanta.br/artes/artigos/beatriz/artbeatriz6.htm
O fabricante de si mesmo
28.10.08
Maravilha-te, memória!
Maravilha-te, memória
Lembras o que nunca foi
E a perda daquela história
Mais que uma perda me dói
Meus contos de fadas meus
Rasgaram-lhe a última folha
Meus cansaços são ateus
Dos deuses da minha escolha
Mas tu, memória, condizes
Com o que nunca existiu
Torna-me aos dias felizes
E deixa chorar quem riu
27.10.08
THE T-SHIRT ISSUE
Berlin-based Mashallah Design & Linda Kostowski have created items of clothing by scanning human bodies and using the data to create sewing patterns. The human form is turned into 3D patterns of polygons, which are then turned into 2D files and used to laser cut fabric. The project was on show at Create Berlin during the London Design Festival earlier this month.
Para saber mais sobre o processo de produção dessa roupa: http://www.yatzer.com/1271_the_t-shirt_issue
Aliás, o www.yatzer.com é um dos melhores blogs de design contemporâneo que encontrei nos últimos tempos.
26.10.08
25.10.08
A self made man
24.10.08
28 Bienal de São Paulo
Como uma forma de protesto e denúncia da crise na instituição o tema do vazio está sendo abordado - são exatamente 42 dias de exposição, como uma quarentena.
Leia em: http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2007/11/09/327109424.asp
Há o ciclo de encontros “A Bienal de São Paulo e o Meio Artístico Brasileiro – Memória e Projeção. Coordenado pela curadora e crítica de arte Luisa Duarte, e busca mapear a memória oral e dispersa do meio artístico brasileiro em relação à Bienal de São Paulo e as demais Bienais.
23.10.08
Eloisa to Abelard
22.10.08
21.10.08
20.10.08
Diferença e repetição
Do vale à montanha
Da montanha ao monte
Cavalo de sombra
Cavaleiro monge
Por casas, por prados
Por quinta e por fonte
Caminhais aliados
Do vale à montanha
Da montanha ao monte
Cavalo de sombra
Cavaleiro monge
Por penhascos pretos
Atrás e defronte
Caminhais secretos
Do vale à montanha
Da montanha ao monte
Cavalo de sombra
Cavaleiro monge
Por plainos desertos
Sem ter horizontes
Caminhais libertos
Do vale à montanha
Da montanha ao monte
Cavalo de sombra
Cavaleiro monge
Por ínvios caminhos
Por rios sem ponte
Caminhais sozinhos
Do vale à montanha
Da montanha ao monte
Cavalo de sombra
Cavaleiro monge
Por quanto é sem fim
Sem ninguém que o conte
Caminhais em mim
Fabulação
19.10.08
O espelho de Deleuze
18.10.08
Proust
17.10.08
16.10.08
Cartas e bits
(Lichty, Patrick. Histórias de desaparecimento/ desaparecimentos de histórias. A efemeridade das mídias digitais como rastros de história. In: Domingues, Diana. Arte e Vida no século XXI: tecnologia, ciência e criatividade. São Paulo: Editora Unesp, 2003, p.305-306)
O livro a que ele faz referência traz a correspondência trocada entre os artistas Wassily Kandinsky e Gabriele Münter.
15.10.08
O tempo
Deleuze em inglês
Auto-análise
Para maiores
14.10.08
Deleuze e a memória
Keith Ansell Pearson
http://www2.warwick.ac.uk/fac/soc/philosophy/staff/pearson/
Conteúdo Adulto - Brice Dellsperger
O vídeo dura quase 20 minutos, tem que ver inteiro... hahaha, sério.
Vejam também o site do artista com outros vídeos:
http://www.bricedellsperger.com/
P.s. O artista (Brice) é o da foto.
Eloisa to Abelard
Deutsch
13.10.08
Exemplos de Obras
Nesse trabalho a artista imprime trechos de textos de poetas do romantismo alemão em pranchetas de acrílico transparente. A temática dos poemas é o silêncio. Os textos são impressos com uma tinta fluorescente e só podem ser visualizados por meio da incidência de luz. As pranchetas são dispostas lado a lado em um ambiente escuro e silencioso, somente iluminado por pequenas lâmpadas ultravioletas afixadas nas pranchetas. Em uma versão da instalação, nenhum som é artificialmente acrescentado, ficando a cargo dos espectadores, ao lerem os textos, fazerem uma espécie de exercício de escuta, tanto com a sua memória quanto com os sons de uma sala silenciosa. Mas há também uma outra versão em que a artista insere alto-falantes escondidos tocando ruídos de computadores (impressora, teclados, ruídos de processamento, etc) que, em amplitude baixa, produzem uma versão contemporânea do silêncio, fazendo referência aos sons que povoam os ambientes que freqüentamos cotidianamente.
Foto da instalação Über die Stille de Christina Kubisch, 1996
Ao dispor textos em uma sala escura e quieta, Christina Kubisch estimula os seus espectadores a exercitarem sua escuta. Para ela, “quando os poetas falam sobre silêncio, eles estão sempre falando sobre escuta. Silêncio significa a mesma coisa que uma escuta concentrada na presença de sons.” (Kubisch 2000: 83). É uma espécie de escuta metafórica da memória, no momento em que se acessa a imaginação. Cada espectador poderia preencher aquele espaço sonoramente da maneira que quisesse, até porque as frases e palavras usadas geravam uma riqueza de interpretações estimulando a escuta e imaginação do espectador, como por exemplo: memória, imaginação, escuta, silêncio.
Detalhe da instalação Über die Stille de Christina Kubisch, 1996
É interessante notar a semelhança conceitual e material de Über die Stille com a instalação Sob Neblina [em segredo] (2007) da artista plástica mineira Marilá Dardot. Nesta última, a artista também utiliza textos cuja temática é o silêncio. As frases vão formando o percurso pelo qual o visitante precisa atravessar para chegar ao fim da instalação, um "luminoso silêncio" , que é marcado pelas frases escritas em jato de areia nas portas de vidro, nem sempre de fácil leitura. Tanto em Über die Stille quanto em Sob Neblina [em segredo] o espectador deve se aproximar dos textos, ou ficar em uma posição determinada, para que possa desvendar o que está escrito. Isto pelo fato do que no primeiro caso o texto é escrito com uma tinta fluorescente que só aparece se iluminado e no segundo pelo fato da artista ter escrito os textos, usando vidro jateado, cuja leitura só é efetivada com a insistência do observador em achar posições possíveis de visualizar o texto em função de uma iluminação tênue que ora incide diretamente no vidro, eliminando o contraste, ora é insuficiente para a leitura.
Detalhe da instalação Sob Nebliuna [em segredo] de marilá Dardot, 2007
Em Sob Neblina [em segredo], o ambiente também é silencioso, e em todas as frases esse tema é recorrente. Em um certo sentido, percorrer a instalação assemelha-se a passar por uma publicação, como se estivéssemos ‘atravessando as páginas’. É interessante, pois nos dois trabalhos a imersão toma conta da experiência, podendo tornar o percurso um tanto ritualístico. No caso do trabalho da Marilá Dardot, é na própria leitura de cada frase que o caminho se realiza: a cada porta que se abre, até que se chegue ao fim, realiza-se um exercício do silêncio.
Ambos os trabalhos, de certa forma, impõem uma experiência silenciosa, como também recorrem à memória e bagagens pessoais dos espectadores, na medida em que trabalham com frases abertas e ambíguas, na tentativa de despertar a imaginação e as diferentes escutas do espectador. E para reforçar essa sensação os dois trabalhos usam ambientes altamente silenciosos.
Jacques Rancière
Rizoma e formas de apresentação
talvez esse software possa ser interessante.
http://www.thebrain.com/#-50
Oralidade
Esquizofonia
A pedidos:
"Formado pela justaposição de esquizo, do grego schízein, fender, separar; e fonia, do grego phoné, som, voz". (Obici, G. Condição da Escuta, p. 47)
Esse conceito de separação do som de sua fonte geradora não é um dado sintomático que surgiu com a invenção de tecnologias de captação sonora (o fonógrafo, em 1877, por exemplo). Esses equipamentos traziam a possibilidade de encapsular e guardar som, por assim dizer, criar memórias artificiais.
"Com o telefone e o rádio, o som já não estava mais ligado ao seu ponto de origem no espaço; com o fonógrafo, ele foi liberado de seu ponto original no tempo". Schafer [1977] (2001).
Efemeridade da Gravação - Captura de sons
'Memory Space' - Simon Emmerson
Space is not simply a geometric ‘thing out there’. We are born with sight and sound, touch, taste and smell ready to initiate our particular construction of it. Space would not be perceptible without objects, textures, sounds. The sonic arts have tended to separate out taste and smell (although they have crept back in in recent more open social musical spaces) – and touch, too, unless you are a performer.
But memory is also spatial in two senses. Neuroscience is slowly unlocking the secrets of the most complex system observable by us – the human brain. But the nature of memory within the brain is not much understood – except that the questions are becoming more sophisticated and it is evidently distributed in many locations. But there is also a deeper link which has been exploited over some thousands of years – most extensively before writing (and more specifically printing) allowed us a short cut.
This is best described in classical, mediaeval and renaissance practices of mapping places, images and other objects of memory onto an imaginary stage in the mind – the so-called Memory Theatre. This was most especially examined in Frances Yates’s book The Art of Memory (1966/1992 [Reference 4]). Starting from ideas of rhetoric inherited directly from the Greeks through Roman sources we start from the idea that natural
memory can be improved or augmented through the exercise of ‘artificial memory’. This is created from places and images. A place (locus) is easily memorised – a construction, a characteristic location. Images are
‘forms, marks or simulacra of what we wish to remember’ [Reference 4: p.22]. There have been developed rules for places and rules for images. The loci relate to each other such they can be walked through in the imagination and even a particular building is to be seen as the best recepticle for the totality of the loci. Each fifth locus is given a particular mark in its characteristic. The building should be empty since crowds might distract! This allows us to construct two kinds of artificial memory - memory for things and memory for words. ‘Things’ are not objects in the contemporary sense but can include the subjects of speech - ‘the ideas we are trying to express’ - while words are simply (but importantly) a vehicle to convey that and often have to be memorised in the ‘correct’ order. In brief, the art of artificial memory lies in the direct association of image with locus and the ability to recall one through ‘visiting’ the other. By the Renaissance period the building within which the memory locations were found was very often constructed as a kind of theatre with five doors, five columns and other easily memorised characteristics. Yates discusses many of these examples and their complex historical interconnections – including highly dangerous rivalries, accusations of magic, heresy and the like – such as those of Giordano Bruno (late 16th C) and Robert Fludd (early 17th C).
http://www.smc08.org/index.php?option=com_content&task=view&id=34&Itemid=39
A arte de esquecer
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40142006000300024&script=sci_arttext
Funes para Izquierdo
Por que e para que esquecemos?
"Esquecemos, talvez, em parte porque os mecanismos que formam e evocam memórias são saturáveis. Não podemos fazê-los funcionar constantemente de maneira simultânea para todas as memórias possíveis, as existentes e as que adquirimos a cada minuto. Isso obriga naturalmente a perder memórias preexistentes, por falta de uso, para dar lugar a outras novas. (...) Não sabemos se os mecanismos através dos quais se guardam no cérebro os elementos principais de cada memória são ou não são saturáveis. É até possível que não o sejam, já que há tantos neurônios e tantas conexões entre eles. (...) Mas há inúmeras evidências recentes de que, na hora de sua formação e na hora de sua evocação, os sistemas cerebrais que se encarregam das memórias de longa duração, fundamentalmente uma estrutura do lobo temporal chamada hipocampo, são altamente saturáveis." In: "A arte de Esquecer" (2004: 21-22)
Memória de elefante ou memória de Funes?
"Então vi a face da voz que toda a noite havia falado. Ireneo tinha dezenove anos; havia nascido em 1868; pareceu-me tão monumental como o bronze, mais antigo que o Egito, anterior às profecias e às pirâmides. Pensei que cada uma das minhas palavras (que cada um dos meus gestos) perduraria em sua implacável memória; entorpeceu-me o temor de multiplicar trejeitos inúteis."
Funes medíocre
12.10.08
11.10.08
Concurso Handled to Care
http://www.manolobossi.it/
farrah sit, usa
http://www.farrahsit.com/
Mostra SESC de Artes
João César Monteiro
Portugal
Cinema Um filme sem imagens. Com a tela escura o tempo todo, ouvem-se apenas as vozes dos atores interpretando o poema do escritor suíço Robert Walser, uma versão moderna de 'Branca de Neve'. A história começa exatamente onde termina o relato dos irmãos Grimm. O diretor declarou que as crianças conhecem os contos de fada na forma oral e não visual, daí a opção por não encenar a trama. De 2000, 75 min. CineSESCDias 9 e 11, quinta, 21h, e sábado, 19h. Preços: quinta: R$10; R$5; R$2,50, sábado: R$12; R$6; R$3.
Play-Me, I’m Yours [Toque-Me, Sou Teu]
Luke Jerram
Inglaterra
InformaçõesImagensObraSite do artista
Em março de 2008, quinze pianos foram entregues para as ruas de Birmingham, no Reino Unido. Os instrumentos estavam livres para qualquer pessoa apreciá-lo e usá-lo. Apenas um sofreu vandalismo. Os demais mexeram com a comunidade local, que passou a personalizar os ‘hóspedes’ da cidade.
O site www.streetpianos.com foi criado para o público para postar seus comentários sobre sua experiência, formando uma grande comunidade web. Agora chegou a vez de São Paulo. Depois da Mostra SESC, os pianos serão doados para escolas e grupos comunitários da cidade. Em janeiro de 2009 Play-Me, I’m Yours estará na Austrália. Para que o projeto seja instalado em países mais pobre, Jerram criou um fundo especial que patrocina as viagens.
Luke Jerram é inventor, pesquisador e cientista amador. Enfim, um homem interessado em explorar o mundo. Ele questiona conhecimentos, idéias e quer partilhar o seu entusiasmo e o seu espanto sobre o mundo que nos rodeia.
Play-Me, I’m Yours [Toque-Me, Sou Teu]
Artemídia / Música / Intervenção
Pianos distribuídos em diversas regiões da cidade interferem no cotidiano visual e sonoro do espaço público. Livres para a apropriação e gestão da população, os pianos são vinculados através um site da internet que permite ao público postar registros das intervenções nos instrumentos. Lívio Tragtenberg e artistas convidados realizarão performances nos pianos ao longo da Mostra SESC de Artes 2008. Livre.
Confira o local exato dos pianos no site www.pianosderua.com.br. Atenção: os pianos estarão instalados nas redondezas das unidades abaixo:
SESC Vila MarianaDe 8 a 18. Segunda a domingo, durante todo o dia
Rua Pelotas, 141Tel.: 5080-3000email@vilamariana.sescsp.org.br
SESC ConsolaçãoDe 8 a 18. Segunda a domingo, durante todo o dia
Rua Dr. Vila Nova, 245Tel.: 3234-3000email@consolacao.sescsp.org.br
SESC PinheirosDe 8 a 18. Segunda a domingo, durante todo o dia
Rua Paes Leme, 195Tel.: 3095-9400email@pinheiros.sescsp.org.br
SESC CarmoDe 8 a 18. Segunda a domingo, durante todo o dia
Rua Carmo, 147Tel.: 3111-7000email@carmo.sescsp.org.br
SESC SantanaDe 8 a 18. Segunda a domingo, durante todo o dia
Avenida Luiz Dumont Villares, 579Tel.: 2971-8700email@santana.sescsp.org.br
SESC Santo AmaroDe 8 a 18. Segunda a domingo, durante todo o dia
Signs of Memory [Sinais da Memória]
Takafumi Hara
Japão
InformaçõesImagensSite do artista
A troca de informações entre artista e habitantes de locais em que Signs of Memory passa transforma-se em diálogo entre habitante e espectador, entre o privado e o público. Desde 2004, Takafumi Hara já apresentou o projeto no Japão, Alemanha e Singapura. Ele nasceu em Tóquio, em 1968, e hoje vive e trabalha entre o Japão e Berlim (Alemanha). Em 1998, se formou em pintura na Tama Art College. Em 2000 foi estudar na Weissensee Art College (Berlim). Apoio: Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, Yoichiro Kurata e Yumie Wada (Wada Fine Arts, Tóquio).
Signs of Memory [Sinais da Memória]
Artes Visuais
O projeto Signs of Memory surgiu em 2000 e já foi realizado em aldeias, bairros e ruas de cidades de alguns países, com a colaboração de pessoas sem qualquer experiência artística. O contato com a população local está sempre no centro desse projeto, na medida em que as memórias ouvidas formam a base do trabalho artístico. Desenhos e textos ilustram painéis coloridos que são expostos nas janelas do lugar. Curadoria Tereza de Arruda. Livre. Grátis.
SESC PinheirosDe 8 a 19, terça a sexta, 10h às 21h30. Sábado e domingo, 10h às 18h30